domingo, 16 de junho de 2013

Bexiga
A bexiga é um órgão muscular oco, elástico, com o formato aproximado de uma bola, e que tem a função de armazenar e eliminar a urina. Essa urina é produzida pelos rins e chega até a bexiga através de dois órgãos em forma de canudos chamados ureteres. O canal de eliminação da urina para o meio externo é chamado uretra. Está localizada na pélvis na frente do reto, nos homens, e nas mulheres, na frente do útero.
O câncer da bexiga, também chamado de Carcinoma Urotelial, se inicia na camada superficial do órgão (revestimento interno) e pode se disseminar pela parede da bexiga, pelos gânglios linfáticos ou pelo sangue.

Diagnóstico
O câncer de bexiga pode ser inicialmente diagnosticado por métodos de imagens simples, como o ultrassom, ou por exames mais sofisticados como a tomografia computadorizada e a ressonância magnética. Tais métodos podem mostrar alterações suspeitas da bexiga, as quais devem ser confirmadas pelo exame de cistos copia, que nada mais é do que uma endoscopia que permite visualizar o interior da bexiga com uma câmera introduzida pela uretra.
As alterações encontradas devem ser submetidas ao exame de biópsia (retirada de material) realizado durante o exame de cistos copia.
Outro exame que pode auxiliar no diagnóstico é a chamada citologia oncótica urinária, que consiste em um exame que procura células suspeitas de tumor na urina coletada.
Principais sintomas: o principal sintoma do câncer de bexiga é o sangramento na urina, conhecido como hematúria, o qual é, na maioria das vezes, visível a olho nu e facilmente reconhecido pelo próprio paciente. Pode ser detectável também pelo exame de urina simples (ou urina Tipo I).
O sangramento na urina não é um sintoma exclusivo do câncer de bexiga, sendo que os cálculos urinários (pedras nos rins, ureteres ou na própria bexiga) e as infecções do trato urinário também podem se apresentar esse sintoma.
A dor é um sintoma pouco frequente, mas pode ocorrer durante o ato de urinar. Alguns pacientes podem apresentar também sintomas irritativos da bexiga como o aumento da frequência com que se urina, ou a sensação de esvaziamento incompleto da bexiga.

Tratamento
A forma principal de tratamento do câncer de bexiga é a cirurgia. Os procedimentos podem variar desde a retirada dos tumores através da cistos copia (Ressecção Transuretral de Bexiga) até a remoção completa da bexiga urinária (Cistectomia Radical), dependendo da extensão da doença.
O tumor retirado por cistos copia podem ser tratados de forma complementar com aplicação da vacina BCG dentro da bexiga.
A quimioterapia pode ser utilizada como tratamento complementar (após a cirurgia) ou de forma paliativa. A radioterapia tem papel paliativo no tratamento da doença.

Riscos
O fator de risco mais importante é o hábito de fumar (mais comumente cigarros). Acredita-se que determinadas substâncias químicas encontradas no fumo possam agredir a superfície que reveste o interior da bexiga (chamada de ureotélico), sede da maioria desses tumores.
A exposição a determinados agentes químicos durante o trabalho (exposição ocupacional) também pode ser considerada um fator de risco, como na indústria química, têxtil, do metal e da borracha, ou aqueles profissionais que têm contato com tintas. O composto químico mais comumente associado é a benzidina.


Carcinoma de Paratireoide
O carcinoma de paratireóide é um tipo de câncer que acomete as glândulas paratireóides, localizadas próximas à tiróide, que produzem o PTH, hormônio responsável por manter o nível de cálcio no sangue adequado e constante.
Quando o hormônio PTH está elevado, a quantidade de cálcio no sangue também aumenta (hipercalcemia). Este é o principal sinal de uma uma patologia endócrina rara o carcinoma de paratireóide. Que acomete menos de um 1% dos casos de hiperparatireoidismo primário.

Diagnóstico
O diagnóstico se inicia pela investigação da hipercalcêmica, por meio de exames de sangue, de imagem e cintilografia óssea.
Apenas durante o tratamento cirúrgico da hipercalcêmica pode ser realizado o exame anatomopatológico para confirmar o diagnóstico o carcinoma de paratireoide, caracterizado pela invasão dos tecidos vizinhos.
Principais sintomas:
 os principais sintomas são decorrentes da hipercalcêmica. São eles:
- fratura óssea;
- pedra nos rins;
- confusão mental;
- arritmia cardíaca;
- dor pelo corpo;
- desidratação.

Tratamento
O tratamento do carcinoma de paratifoide é cirúrgico. Por meio dessa cirurgia são retirados à paratireoide e os tecidos vizinhos acometidos. É necessário o acompanhamento com o médico endocrinologista.
A complementação do tratamento com radioterapia ou quimioterapia só é necessária em casos avançados da doença.
O principal fator de risco é a exposição à radiação ionizante.


Infantil
O câncer infantil é raro - atinge uma a cada 600 crianças e adolescentes até os 15 anos. Nas crianças, as células cancerosas têm origem de células embrionárias primitivas, que muitas vezes crescem e se multiplicam mais depressa que nos adultos. Em meados dos anos 70, segundo dados do Hospital, apenas 20% das crianças com retino blastoma (um câncer da retina do olho) podia ser considerado curado, um índice que hoje está em 92%. Nas leucemias linfocíticas agudas essa taxa era de 20%, mas atualmente chega a 86%.Nos EUA, onde as crianças gozam de condições de saúde melhores que as brasileiras, o câncer é a principal causa de morte por doença em crianças e adolescentes com menos de 15 anos, com cerca de 1.600 mortes por ano.Os tipos de câncer que atingem as crianças também são muito diferentes dos que acometem os adultos. As leucemias são os cânceres mais comuns em crianças, atingindo com mais frequência à faixa etária dos dois aos cinco anos de idade. Cânceres do sistema nervoso central vêm em seguida e, em terceiro lugar, os linfomas, que são cânceres do sistema enfático.
Os tumores sólidos abdominais (tumor de Wilms e neuroblastoma) constituem uma parcela semelhante à dos linfomas. Completam a lista dos cânceres mais comuns em crianças os ósseos, os sarcomas de partes moles (sendo o rabdomiossarcoma o mais frequente), de olho, os de células germinativas e os das glândulas suprarrenais ou adrenais. O estágio de crescimento e desenvolvimento dos tumores é outra diferença importante entre adultos e crianças, pois a imaturidade do organismo das crianças tem importantes consequências para o tratamento.

Diagnóstico
Muitos cânceres pediátricos ocorrem em crianças bem pequenas e os pais se perguntam o por que. Alguns casos são resultado da predisposição genética, mas ao contrário do que ocorre com os adultos, o câncer infantil não está associado a fatores como dieta, falta de exercícios físicos e, muito menos, ao uso de cigarro e álcool. A causa da maioria dos casos de câncer pediátrico ainda é desconhecida.Os tipos de câncer mais comuns na infância e adolescência são:
- Leucemia linfocítica (ou linfóide) aguda - LLA é o câncer mais comum na infância e representa 30% do total de casos.
- Tumor de Wilms pode afetar um rim ou ambos e é mais comum entre crianças na faixa dos 2 a 3 anos de idade. Representa de 5% a 10% dos tumores infantis.
- Neuroblastoma: é o tumor sólido extracraniano (isto é, fora do cérebro) mais comum nas crianças, geralmente diagnosticado durante os dois primeiros anos de vida. Ele pode aparecer em qualquer parte do corpo, mas é mais comum nas supra-renais e mediastino.
- Retinoblastoma: é um câncer que tem origem nas células que formam parte da retina, cujo sinal mais comum é o brilho ocular chamado de "reflexo do olho de gato". Existem duas formas da doença, a hereditária e a esporádica. Costuma aparecer em crianças entre 2 e 3 anos de idade.
- Rabdomiossarcoma: é o câncer de partes moles mais comum em crianças. O tumor tem origem nas mesmas células embrionárias que dão origem à musculatura estriada esquelética ou voluntária, ou seja, músculos que se prendem aos ossos ou a outros músculos.
- Tumores de sistema nervoso central (encéfalo e medula espinhal): são os tumores malignos sólidos mais comuns em crianças, ficando atrás apenas das leucemias e linfomas. Adultos tendem a ter câncer em diferentes partes do cérebro, geralmente nos hemisférios cerebrais. Tumores da medula espinhal são menos comuns que os de encéfalo tanto em adultos como nas crianças.
- Tumores ósseos primários: são raros. O mais comum é que o câncer dos ossos seja resultado de outro tumor que se espalhou e atingiu o osso. A despeito de raros, são o sexto em incidência em crianças, sendo mais freqüentes na adolescência. Os mais comuns são o osteossarcoma e o Sarcoma de Ewing.
- Linfoma de Hodgkin: anteriormente chamado de doença de Hodgkin, é um câncer do sistema linfático (que inclui gânglios, timo e outros órgãos do sistema de defesa do organismo). O linfoma de Hodgkin pode atingir crianças e adultos, mas é mais comum em dois grupos, jovens adultos (dos 15 aos 40 anos, geralmente dos 25 aos 30 anos) e pessoas acima dos 55 anos. É raro antes dos 5 anos de idade, mas entre 10% e 15% dos casos ocorrem em adolescentes e crianças com menos de 16 anos.
- Linfomas não-Hodgkin: também têm origem no sistema linfático e são mais comuns que os linfomas de Hodgkin nas crianças, sendo o terceiro câncer mais comum entre crianças.
Sintomas
O câncer infantil costuma ser difícil de reconhecer quando em seu estágio inicial, pois sua manifestação clínica confunde-se com grande parte das doenças comuns da infância. Além das consultas regulares ao pediatra, os pais devem estar atentos para o aparecimento de sinais e sintomas que não desaparecem, como:
- surgimento de nódulos ou caroços;
- palidez e falta de energia inexplicáveis;
- aparecimento de hematomas sem motivo;
- sangramentos freqüentes (por nariz, anus, vias urinárias)
- dor localizada persistente;
- coxeadura (mancar) sem razão aparente;
- febres sem explicação;
- aumento de volume abdominal
- dor abdominal prolongada
- dores de cabeça freqüentes, muitas vezes acompanhada por vômitos;
- mudanças nos olhos ou na visão;
- perda de peso rápida e excessiva.
- virilizarão em meninas ou puberdade precoce.

Tratamento
O câncer infantil pode ser tratado com cirurgia, radioterapia e quimioterapia ou pela combinação de duas ou mais dessas terapias. Apesar das exceções, o câncer infantil costuma responder bem à quimioterapia, porque tem crescimento rápido. É importante que o tratamento seja feito em centros especializados, porque tanto a criança com câncer quanto sua família tem necessidades especiais.As taxas de sobrevida após 5 anos pós o diagnóstico variam de acordo com o tipo de câncer da criança, mas no total estão em torno de 80%. Os pacientes com leucemias linfocíticas têm índices próximos de 80%. Portadores de tumor de Wilms e linfoma de Hodgkin têm chance de cura entre 80/90%, e os linfomas não Hodgkin também têm prognóstico favorável, mesmo em doenças avançadas. Os portadores de neuroblastoma avançado e leucemia mielóide têm chances bem mais escassas. Os tumores de sistema nervoso central são múltiplos, e o prognóstico depende muito do tipo e estádio do tumor. Os sarcomas também têm apresentações variadas e diversos subtipos, com prognósticos bastante favoráveis para alguns deles, em função do subtipo e do se grau de extensão.

Riscos
 O câncer infantil costuma ser difícil de reconhecer quando em seu estágio inicial, pois sua manifestação clínica confunde-se com grande parte das doenças comuns da infância.
Além das consultas regulares ao pediatra, os pais devem estar atentos para o aparecimento de sinais e sintomas que não desaparecem, como:
- surgimento de nódulos ou caroços;
- palidez e falta de energia inexplicáveis;
- aparecimento de hematomas sem motivo;
- sangramentos freqüentes (por nariz, anus, vias urinárias)
- dor localizada persistente;
- coxeadura (mancar) sem razão aparente;
- febres sem explicação;
- aumento de volume abdominal;
- dor abdominal prolongada;
- dores de cabeça freqüentes, muitas vezes acompanhada por vômitos;
- mudanças nos olhos ou na visão;
- perda de peso rápida e excessiva;
- virilização em meninas ou puberdade precoce.


Laringe
A laringe é uma estrutura formada por músculos e cartilagem, localizada entre a base da língua e traquéia que tem como principal função abrigar as cordas vocais, que produzem a voz. A laringe também é responsável por proteger as vias aéreas inferiores (pulmão) de aspirações de alimentos durante a deglutição e é por ela que o ar que respiramos chega aos pulmões.Com isso, qualquer doença ou tumor que acometa a laringe pode afetar a voz, a deglutição ou a respiração.Quando diagnosticado e tratado em fase inicial, o câncer de laringe pode chegar a 90% de chance de cura.

Diagnóstico
Sintomas: Os principais sintomas do câncer de laringe são rouquidão, dificuldades para engolir, dor de garganta constante, falta de ar, caroços no pescoço, mau hálito, perda de peso e tosse.O diagnóstico do câncer de laringe é realizado por meio de um exame chamado laringoscopia. A laringoscopia pode ser direta ou indireta, sendo que a laringoscopia direta é realizada em cirurgia.Esse exame é solicitado pelos médicos somente no caso de sintomas relacionados a doenças na laringe ou para pacientes fumantes há muitos anos.

Tratamento
Radioterapia, quimioterapia ou remoção cirúrgica do tumor. Os três tipos de tratamento podem ser aplicados de forma isolada ou combinados entre eles. A escolha dependerá da extensão da doença e das condições clínicas do paciente.
Chances de Cura:  Casos identificados e tratados em fase inicial têm 90% de chances de cura. Caso o tumor tenha se espalhado para os gânglios linfáticos ou região do pescoço, as chances são em torno de 50%.

Risco
Fatores de Risco e Prevenção: A presença do tabaco ou consumo do álcool como fator de risco é frequente para tumores de laringe. Caso o consumo do cigarro seja associado ao uso de bebidas alcoólicas o risco pode ser até 140 vezes maior comparado a uma pessoa que não fuma e não bebe. Outros fatores de risco são poluição do ar, infecção por HPV, refluxo gastresofágico, algumas exposições ocupacionais, como inalação frequente de produtos químicos.A prevenção começa pelo não consumo de cigarro ou outros derivados do tabaco e também evitando o consumo de álcool e exposição à poluição.


Esôfago/ Transição esofagogástricas
O esôfago é um órgão tubular que leva o alimento desde a garganta até o abdome, onde se encontra com o estômago. Está em contato direto com estruturas do pescoço (laringe, tireóide e nervos da corda vocal); do mediastino posterior, região do meio do tórax junto ao coração,aorta, pulmões e diafragma; e abdome. Possui uma rica drenagem linfática, composta por linfonodos (gânglios), desde o pescoço até o abdome, que os primeiros locais de metástases deste tipo de tumor. Os dois tipos de histológicos mais comuns são o adenocarcinoma e o carcinoma espinocelular.

Diagnóstico
Deve-se considerar a história clínica, normalmente associada à dificuldade para engolir, e confirmada pela endoscopia com biópsia. Concomitante ao diagnóstico deve-se realizar o estadiamento (avaliação do grau de avanço do tumor, disseminação e profundidade). Os exames de estadiamento mais comuns são: tomografia computadorizada, raios-X, ecoendoscopia.

Tratamento
O tratamento principal do câncer de esôfago é a cirurgia, que deve ser realizada por cirurgiões acostumados com cirurgias de câncer e alta complexidade. Esta consiste na retirada do órgão doente com margens de segurança e remoção dos gânglios que estão ao redor do esôfago e estômago. Esta pode ser realizada por cirurgia aberta ou vídeo-laaproscopia. Porém, a cirurgia não é a única alternativa, ela pode ser associada com radio e quimioterapia antes ou após a cirurgia quando indicada por especialistas (normalmente se estiver associada a um tumor maior ou com risco de disseminação).Estas últimas opções de tratamento também podem ser realizadas de forma isoladas, sem cirurgia e situações especiais. Quando o objetivo do tratamento for apenas o controle da doença alguns procedimentos, como a endoscopia, radiotrapia e quimioterapia também podem ajudar no alívio dos sintomas.

Risco
Os principais fatores de risco para o adenocarcinoma de esôfago são a doença do refluxo gastro-esofágico, o tabagismo, o esôfago de Barrett e a obesidade. Para o Carcinoma espinocelular o consumo crônico de álcool, o tabagismo, antecedentes de tumores da garganta, boca e pulmões, megaesôfago, estenoses cáusticas, dentre outros.


Melanoma de Coroide
A incidência anual de melanoma ocular é de aproximadamente quatro a seis casos para cada milhão de habitantes.
O Melanoma de Coróide é, dentre todos os tipos, o tumor intra-ocular mais comum e o mais frequente na população adulta. A coróide é uma camada vascular da parede do globo ocular, que fica entre a parte branca do olho (esclera) e a retina (membrana visual). E o Melanoma de Coróide se origina nos melanócitos dessa região, geralmente como uma lesão única, acometendo somente um olho.Também é mais freqüente em pessoas da raça branca, acima de 50 anos e pode apresentar como sintomas queda de visão e pontos luminosos.

Diagnóstico
O principal exame para confirmar o diagnóstico é o mapeamento de retina. Utilizando equipamentos especiais, o médico avalia o fundo de olho do paciente através das pupilas dilatadas. O exame deve ser realizado por oftalmologista experiente na área de tumores.
Complementa-se a avaliação inicial com ultrassonografia do globo ocular e, por vezes, com exames como angiofluoresceinografia (análise da vascularização intra-ocular) e ressonância nuclear magnética.
O Melanoma de Coróide pode, através da corrente sanguínea, acometer órgãos distantes (metástase), como fígado e pulmão. Por isso, uma análise cuidadosa desses órgãos deve ser realizada semestralmente após o diagnóstico da doença.
Principais sintomas: O Melanoma de Coróide pode apresentar sintomas como queda de visão e pontos luminosos, porém, em grande parte dos pacientes, ocorre sem sintomas, sendo detectado durante um exame de rotina.
Por estar localizado dentro do olho, o Melanoma de Coróide raramente causa sinais externos perceptíveis a olho nu.

Tratamento
O objetivo do tratamento do paciente portador de Melanoma de Coróide é controlar a lesão tumoral, salvando sempre que possível o olho e a visão. No passado, a enucleação (remoção do globo ocular) era a única opção terapêutica. Nas ultimas décadas, entretanto, os tratamentos conservadores evoluíram, permitindo salvar a vida do paciente assim como o olho e a visão.
A escolha do tratamento baseia-se principalmente no tamanho da lesão tumoral, além de outros fatores como idade do paciente, saúde sistêmica geral, localização da lesão e visão do olho afetado.
Lesões pequenas e inativas podem ser somente observadas, principalmente se ocorrem em pacientes idosos. O monitoramento da lesão será feito a cada seis meses com mapeamento de retina, fotografias e ultrassonografias. Caso seja detectado um crescimento do tumor, o tratamento é instituído.
Para os melanomas pequenos e médios, a opção de tratamento mais utilizada é a braquiterapia ocular (radiação do tumor) isolada ou associada à termoterapia transpupilar (laserterapia).
A braquiterapia é uma técnica inovadora de tratamento que utiliza radiação ionizante de contato. Consiste na implantação cirúrgica de um pequeno artefato radioativo na forma de placa (iodo ou rutênio), aplicado diretamente sobre a área do olho comprometida.  A placa irá permanecer no olho do paciente por alguns dias (em média cinco dias), até que a dose que irá inativar a lesão tumoral seja emitida. A placa então será removida e o paciente passará a ser acompanhado ambulatorialmente com intervalos de quatro a seis meses.
O direcionamento e focalização do tratamento possibilitam que os tecidos sadios localizados próximos à lesão tumoral sejam protegidos, podendo desta forma controlar o tumor com preservação dos olhos e muitas vezes da visão.
A enucleação (retirada do globo ocular) fica reservada apenas para os casos de tumores grandes e com ausência de visão. Com os avanços tecnológicos, tanto os implantes intracavitários - que são utilizados durante a cirurgia para repor o volume do olho removido - como as próteses externas, que serão adaptadas de quatro a seis semanas após o procedimento, permitem boa integração e movimentação da prótese, com resultados estéticos bastante naturais e satisfatórios.
A exenteração, que constituiu na retirada cirúrgica do globo ocular e dos tecidos que preenchem a órbita como músculos, gordura e eventualmente pálpebras, é raramente utilizada, estando indicada para casos de Melanomas de Coroide que apresentem importante extensão extraocular.
Estudos como o COMS (Collaborative Ocular Melanoma Study) demonstram que não existe diferença em termos de sobrevida entre a utilização do tratamento braquiterapia e a enucleação.
O índice de sucesso do tratamento atualmente está entre 90 a 95%. E o olho contralateral, cérebro e restante do corpo não apresentam efeitos advindos da radiação.
Risco
Entre os fatores de risco para o Melanoma de Coróide temos: raça branca, idade avançada, pintas que podem sofrem transformação maligna (Nevus da Coróide) e melanocitose óculo-dermal (Nevus de Ota).
Não há um consenso entre os estudos médicos sobre os fatores de risco ambientais. Acredita-se, entretanto, que a exposição solar não tenha importância na patogênese do tumor.


Testículos
Os testículos, também chamados de gônadas, masculinas, são dois órgãos ovais, situados no interior do escroto, que desempenham papel fundamental na produção dos espermatozóides e dos hormônios masculinos, como a testosterona. Apesar de serem dois, é possível viver normalmente apenas com um testículo, caso haja a remoção cirúrgica ou atrofia.

Diagnostico
O diagnóstico muitas vezes se dá pela palpação do tumor testicular pelo paciente ou pelo médico. A ultrassonografia escrotal é bastante precisa para detecção dessa neoplasia. Além disso, emprega-se dosagem importante de marcadores tumorais, como a Beta HCG, alfa fetoproteína e o DHL (Desidrogenase Lática), que auxiliam no diagnóstico, e a tomografia de tórax, abdome e pélvis ajuda a determinar a extensão da doença.Principais sintomas: Massa endurecida no testículo e aumento de volume do órgão, com dor e de peso de leve intensidade. Em cerca de um terço dos casos, os sintomas decorrem de metástases, como dores lombares, emagrecimento, fraqueza, entre outros.

Tratamento
Tratamento cirúrgico: Durante a cirurgia procede-se a biópsia do órgão e, se positiva para tumor, a remoção do testículo acometido, por meio de incisão na região inguinal. Nos casos avançados, após a quimioterapia, podem ser necessárias cirurgias de grande porte no abdome para remoção de linfonodos retroperitoniais.
Radioterápico: A radioterapia empregada nos pacientes de tumores testiculares é do tipo seminomatoso, com intuito de prevenir o desenvolvimento de micrometástases nos linfonodos retroperitoniais (abdominais profundos, próximo a coluna).
Quimioterápico: A quimioterapia é empregada em todos os casos de tumores testiculares metastáticos e também na prevenção de metástases retroperitonais após a remoção dos testículos. Tem excelente eficácia, permitindo em associação com a cirurgia, a cura da grande maioria de pacientes, mesmo com doença avançada. 
Outras formas de terapia: Cirurgia, quimioterapia e radioterapia. 
Estadia mentos: I, II e III
Sobrevida em cinco anos: Para casos iniciais, do estádio I, a sobrevida varia de 98% a 100%. Para casos do estádio II, a sobrevida oscila entre 60% a 90% em cinco anos e, para casos muito avançados, ainda assim obtêm-se taxas de sobrevida entre 30% e 65% em cinco anos, sendo considerado um modelo de tumor curável.

Risco
Dentre os fatores estão: ausência dos testículos na bolsa escrotal (conhecido como criptorquidia), infertilidade, atrofia testicular, de várias causas e, em algumas situações, história familiar da neoplasia. É mais comum em indivíduos brancos. A incidência da neoplasia de testículo vem aumentando no mundo.

Formas de prevenção: Correção precoce da criptoquidia em crianças e monitoração de pacientes de risco.
Doença não contagiosa, o câncer pode ser definido como um grupo de mais de 100 doenças que se caraterizam pelo crescimento descontrolado de células anormais, chamadas de malignas. Por vezes essas células anormais podem migrar e invadir tecidos e órgãos em diversas regiões do corpo, originando tumores em outros locais. Quando isso ocorre dizemos que houve metástase.

Com uma divisão celular muito rápida e incontrolável, as células cancerosas costumam ser agressivas, determinando a formação de tumores malignos e constituindo um risco de vida para o paciente. Por outro lado, o tumor benigno se carateriza por ser apenas um acúmulo de células que se dividem muito lentamente, sem causar maiores agressões ao indivíduo.

A maioria dos tipos de câncer tem suas causas ainda desconhecidas, mas 90% dos casos de câncer estão relacionados a fatores ambientais, como cigarro (câncer de pulmão), excesso de sol (câncer de pele), alguns tipos de vírus (leucemia), hábitos alimentares (câncer de mama, câncer de próstata, câncer de esôfago, câncer de estômago, câncer no intestino grosso), alcoolismo (câncer de esôfago, câncer da cavidade bucal), hábitos sexuais (câncer de colo uterino), medicamentos (câncer de bexiga, leucemias, câncer de endométrio), cânceres provocados por exposições ocupacionais, etc.

Pessoas que têm histórico de câncer na família podem ou não desenvolver a doença, mas há alguns tipos de câncer, como o de mama, estômago e intestino, que podem ter influência genética.

A mortalidade de um câncer irá depender de alguns fatores, como: tipo de câncer, rapidez com que suas células se multiplicam, capacidade que o organismo da pessoa tem de combater a doença e a existência de um tratamento eficaz. O câncer de próstata já foi considerado letal, mas, hoje em dia, em razão do progresso com os tratamentos, apresenta até 95% de cura.

Atualmente o câncer é a segunda causa mortis no Brasil, perdendo apenas para doenças cardio vasculares. Dentre os diversos tipos de câncer podemos citar:

* Câncer de pulmão;

* Câncer de mama;

* Câncer de ovário;

* Câncer no colo do útero;

* Câncer de colo retal;

* Câncer anal;

* Câncer na bexiga;

* Câncer infantil;

* Câncer de laringe;

* Câncer no fígado;

* Câncer de esôfago;

* Câncer de estômago;

* Câncer de fígado;

* Câncer de boca;

* Leucemias;

* Linfomas;

* Linfoma de Hodgkin;

* Linfoma não Hodgkin;

* Câncer no pâncreas;

* Câncer de pele (melanoma);

* Câncer de pele (não melanoma);

* Câncer no pênis;

* Câncer de próstata;

* Câncer no testículo;


O tratamento do câncer irá depender de diversos fatores, como tamanho do tumor, idade do paciente, localização do tumor, tipo das células cancerosas, etc. Em muitos casos, os médicos combinam mais de um tipo de tratamento para combater o câncer.

Se o tumor for localizado, a cirurgia pode ser uma opção de tratamento, que geralmente é utilizada para o câncer de mama, câncer de cólon, câncer de boca, entre outros tipos.

A radio terapia é um tipo de tratamento no qual radiações são utilizadas para destruir as células cancerosas ou impedir que elas se multipliquem. Nesse tipo de tratamento o paciente não sente nada.

A quimioterapia utiliza medicamentos que irão combater o tumor. Na maioria das vezes, estes são aplicados na veia, mas em outros casos podem ser dados via oral ou intra muscular. Uma vez no corpo do paciente, esses medicamentos caem na corrente sanguínea e são levados para todas as partes do corpo, destruindo todas as células que estão causando o tumor e impedindo que elas se espalhem para outras regiões do corpo.

O trasplante de medula óssea é feito quando há um câncer maligno que acomete as células sanguíneas.

É importante lembrar que muitos tipos de câncer podem ser prevenidos, como o câncer de pele, cânceres causados pelo tabagismo e bebidas alcoólicas e cânceres relacionados à dieta alimentar. Outros tipos de câncer, como o de mama, próstata, cólon, colo de útero, reto, testículo, língua, boca e pele, podem ser detectados no início, quando se faz a prevenção a partir de exames específicos. Lembrando que, quando diagnosticado no início, o câncer tem maiores chances de cura, daí a importância de se fazer o diagnóstico precoce.

fala sobre alguns câncer e tratamento

quarta-feira, 12 de junho de 2013

O que é o câncer ?

Câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o crescimento desordenado (maligno) de células que invadem os tecidos e órgãos, podendo espalhar-se (metástase) para outras regiões do corpo.

Dividindo-se rapidamente, estas células tendem a ser muito agressivas e incontroláveis, determinando a formação de tumores (acúmulo de células cancerosas) ou neoplasias malignas. Por outro lado, um tumor benigno significa simplesmente uma massa localizada de células que se multiplicam vagarosamente e se assemelham ao seu tecido original, raramente constituindo um risco de vida.
Os diferentes tipos de câncer correspondem aos vários tipos de células do corpo. Por exemplo, existem diversos tipos de câncer de pele porque a pele é formada de mais de um tipo de célula. Se o câncer tem início em tecidos epiteliais como pele ou mucosas ele é denominado carcinoma. Se começa em tecidos conjuntivos como osso, músculo ou cartilagem é chamado de sarcoma.

Outras características que diferenciam os diversos tipos de câncer entre si são a velocidade de multiplicação das células e a capacidade de invadir tecidos e órgãos vizinhos ou distantes (metástases).




 
O que causa o câncer?

As causas de câncer são variadas, podendo ser externas ou internas ao organismo, estando ambas inter-relacionadas. As causas externas relacionam-se ao meio ambiente e aos hábitos ou costumes próprios de um ambiente social e cultural. As causas internas são, na maioria das vezes, geneticamente pré-determinadas, estão ligadas à capacidade do organismo de se defender das agressões externas. Esses fatores causais podem interagir de várias formas, aumentando a probabilidade de transformações malignas nas células normais.

De todos os casos, 80% a 90% dos cânceres estão associados a fatores ambientais. Alguns deles são bem conhecidos: o cigarro pode causar câncer de pulmão, a exposição excessiva ao sol pode causar câncer de pele, e alguns vírus podem causar leucemia. Outros estão em estudo, como alguns componentes dos alimentos que ingerimos, e muitos são ainda completamente desconhecidos.

O envelhecimento traz mudanças nas células que aumentam a sua suscetibilidade à transformação maligna. Isso, somado ao fato de as células das pessoas idosas terem sido expostas por mais tempo aos diferentes fatores de risco para câncer, explica em parte o porquê de o câncer ser mais freqüente nesses indivíduos.Os fatores de risco ambientais de câncer são denominados cancerígenos ou carcinógenos. Esses fatores atuam alterando a estrutura genética (DNA) das células.
O surgimento do câncer depende da intensidade e duração da exposição das células aos agentes causadores de câncer. Por exemplo, o risco de uma pessoa desenvolver câncer de pulmão é diretamente proporcional ao número de cigarros fumados por dia e ao número de anos que ela vem fumando.